domingo, 17 de junho de 2007

Liberdade é futilidade nesse país

Assim que tive conhecimento da frase da Marta Suplicy me lembrei de um trecho do livro de Marshall Berman, Tudo que é sólido desmancha no ar, que diz “É inútil resistir às opressões das injustiças da vida moderna, pois até os nossos sonhos de liberdade não fazem senão acrescentar mais elos à cadeia que nos aprisiona; porém, assim que nos damos conta da total futilidade disso tudo, podemos ao menos relaxar”. A vida moderna se consagra cada vez mais no Brasil, como cidadão, sinto-me cada vez mais aprisionado e parte integrante de estruturas e instituições comprovadamente falidas no objetivo de atender o bem comum, o senado é o exemplo da vez. Nem a cidadania concedida de outros tempos já não faz mais sentido, antes pelo menos os pobres tinha a proteção do senhor de engenho. Agora nas cidades ficamos a mercê da burocracia, do conservadorismo das instituições, da falta de organização e seriedade perante o cidadão. A cidadania comprada também já está difícil de exercer, pelo menos para a classe média, o direito de viajar que comprei não posso exercer plenamente como consumidor. O ditado agora é: “cada um por si e Deus pra mim”, pois quem sabe assim posso pelo menos “relaxar e gozar” no conforto da minha prisão.

2 comentários:

Paulis disse...

Saudades de me ler rs rs rs Sabe que eu também... Ai realmente até tenho milhares de coisas por escrever, mas tempo...Porém vou me organizar ok! Beijos

Paulis disse...

Adorei a mensagem do Contos e Poesias...a penultima mensagem, muito boa e instigante com a curiosidade do será que aconteceu mesmo? O Le vai ser pai, o filho não era dele, a moça queria, um pai pro filho dela? Meu Deus!!! Eu vou ser madrinha? Não era só um conto, mas poderia ser verdade...Enfim Lê muito bom!!! Há tem alguma coisa publicada lá no meu...passa lá manu... Beijos e saudades