quarta-feira, 19 de março de 2008

Tchau

Já não sei escrever como antes,
porque não vivo como era.
O que leio tem vida,
o que escrevo é quimera.
O que vivi eu senti,
o que sinto são restaurantes.

Não quero voltar,
apenas ressuscitar
o eu que jaz e que não faz.

Ainda bem que tem a Vivian,
que no momento me satisfaz.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Um poço de emoções: um poema diferente do costume

Hoje estou um poço de emoções.
No fundo a água é frenética.
Nas laterais é libido me apertando.
No ar é sarcasmo me sufocando
Emoções são assim, vem em vão,
ficam sem pedir e vão sem avisar.
São ótimas para rimar,
principalmente com coração,
canção, violão, pião, pão e japão.
Dizem que tem emoções sem emoção,
Normalmente isso acontece
quando estamos sem inspiração.
O que hoje não é o caso,
pois como disse: estou um poço de emoções.

segunda-feira, 3 de março de 2008

E de repente:

Um anônimo diz que o outro não é um, porque o outro é anônimo e anônimo é anônimo. O outro anônimo disse que não escrevo bem, mas que o anônimo sim. Talvez porque seus textos revelam identidade, perplexidade e honestidade de ser anônimo, mas como saber se não podemos perguntar ao anônimo que resolveu se manifestar anonimamente, mas devemos acreditar, pois todo anônimo sempre tem a premissa de dizer a verdade, afinal, são anônimos e anônimos sempre tem a tendência para isso, pois não precisam dizer quem são, apenas dizer o que são. E o que são? Anônimos.

Após este texto dirão: olha como ele escreve mal, sem rimas e emoção, mas pra que emoção quando não se tem coração, apenas identificação.