quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Sou pra não ser

Sou (in)feliz!
Para ser eu,
Para não ser
Apenas, existir...

Aquilo que fizeste não foi para mim. Foi para você se deleitar de si mesma. Foi a exposição de um troféu enferrujado, amassado e chutado pelo tempo em que não havia você. Você se procura nas horas que meu relógio novo ainda não passou. É o futuro que ainda não bateu à sua porta. É o destino que Beethoven não conseguiu encontrar em suas estrondosas batidas de um piano mudo. Que vai do céu ao inferno num segundo e queima nossas mãos de tanto suor.

Decifra-me!

Ninguém doa.
Existe um interesse.
Qual é o seu?
Qual é o nosso?
Faltou às aulas de sociologia?
Não existe altruísmo fora de si.
Até a religião foi invadida pelo fantasma da troca
Enquanto isso, a coca rouba nossa água.

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