sexta-feira, 28 de outubro de 2005

Sem muita emoção

O esquecimento é pra coisas ruins, as boas precisamos lembrar. Essa é a premissa da memória curta deste país. Estamos vivenciando um passo importante de nossa história. O que mudou? Cadê o muro que caiu? Quero os vestígios do que sobrou? Mas o que sobrou foi “aquela velha opinião formada sobre tudo”. Sobre o que é o amor e armas. Vejam minha situação. Eu votaria “sim”. Digo votaria, pois não votei, justifiquei. No entanto, estava torcendo pelo “não”. Porque? Acredito que só é possível resolver um problema, quando as causas deste problema tornam-se evidente. O “não” ganhando, o que de fato aconteceu, coloca a discussão em outro patamar. Agora, estamos conscientes do que queremos: garantir direitos. Embora, ainda não sabemos como garanti-los. A infelicidade da história é quem ganhou diretamente com isso: empresários e políticos vinculados a produção de armamentos e a uma tradição autoritária. Mas até aí é suportável, pois a maioria da população não estava ciente dos fios invisíveis que controlavam a Frente Parlamentar pela Legitima Defesa. Assim, por mais paradoxal que pareça, a democracia ganhou pela ignorância dos eleitores. Em meio a toda essa gritaria, encontro minha vontade. Vontade de ter uma arma!

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