sexta-feira, 15 de setembro de 2006

De Beethoven à Radiohead

“Não temo o fogo vivo que me adverte com sua chama;
porém, livrai-me da brasa moribunda que se esconde sob a cinza”
Rabindranath Tagore

Ainda não sei se vivo no cotidiano de um desempregado, ou se vivo no paradoxo da vida moderna, ou provavelmente ambos. O fato é que a tecnologia nos proporciona algumas coisas inimagináveis em outras épocas. Quarta, por exemplo, estava eu sem afazeres, cansado de ler sobre Serviço Social e igualmente cansado de ler O Vermelho e o Negro, de Stendhal, resolvi mudar um pouco. Ao som de Beethoven fui tomar banho e decidi raspar minha vasta cabeleira com a gilete. Trabalho árduo e inédito que revela uma chama de indignação. Já ontem experimentei o tédio da brasa de um desemprego. Ao som de Radiohead, que deixaria Beethoven perplexo, joguei videogame e me quase derreti com o calor provocado pelos trópicos e potencializado pelo efeito estufa. O aquecimento global é um inferno! Alguém poderia ligar o ar condicionado do mundo. Não agüento mais. Minha careca transpira vivendo entre tantos paradoxos!

Um comentário:

Paulis disse...

è ta sentindo a democracia da natureza... Adorei!!! Quero ver sua careca rs rs rsrsr srsrsr...